terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quando eu tinha 7 anos, minha mãe me incentivou a ter meu 1º diário, ela me deu um caderno azul de capa dura onde eu poderia escrever o que estivesse sentindo. Acredito que era uma forma de me incentivar a escrever, pois ela mesma teve muitos diários em sua vida, mas depois do casamento queimou todos (medida de segurança?! rs). Então desde criança tenho meus registros, neste 1º diário tenho o relato de quando ganhei meu piano, de quando no meu aniversário de 8 anos a velinha não parava em cima do bolo (informação muito importante para a época...rs)  e outros fatos apenas narrados, mas que não estão mais em minha memória. E assim, durante vários anos, até a faculdade eu sempre tive diários, tenho uma caixa deles, mas ao contrário da minha mãe, não os queimei. Quando era mais nova tinha idéia de jogá-los no mar (depois achei que isso seria antiecológico... rs), e ainda estão aqui. Esses dias retirei a caixa do maleiro para reler alguns... e pude perceber o quão importante alguns fatos podem parecer no momento que estamos vivenciando, mas que anos depois não teriam a menor relevância em nossa vida. Achei interessante o fato de que desde os 8 anos sonho em ir para França, é algo que permanece até hoje... outra coisa que não mudou...continuo querendo absorver o máximo de cada idade, toda vez que fazia aniversário, desenhava o contorno da minha mão na página e embaixo escrevia: "eu nunca mais vou ter essa idade", como se no contorno daquela mão eu pudesse depois de anos, sentir o que eu estava sentindo naquele momento, queria eternizar cada etapa, tornar tudo especial... Durante a faculdade parei de escrever em diários e comecei a escrever em blogs... o que não deu muito certo, pois não havia nada de secreto, a não ser o fato de expor o que pensava de tudo... porém a cada postagem achava o texto que tinha acabado de escrever idiota... com o tempo parei de escrever meus pensamentos, e minhas postagens se resumiam a poesias, letras de música, frases e textos interessantes de outros autores. Hoje percebi o quanto me tornei auto-crítica, passei a ter tanto medo de ser julgada, de ser considerada ridícula, que não me abri mais, isso foi consequência de várias fatos que ocorreram em minha vida, mas percebi o quanto é importante que eu continue a escrever, mesmo que ninguém leia, mesmo que eu me sinta ridícula. Escrevendo meus pensamentos, percebi o quanto errei ao longo dos anos, o que poderia ter feito de diferente, mas também acho legal ver a inocência que eu tinha em relação a pessoas e situações e a percepção que tenho agora dos mesmos fatos. Percebi o quanto amadureci, mas que muitas vezes continuo errando, e mesmo sendo auto-crítica e achando idiota o que faço ou escrevo, a diferença é que hoje, quase sempre, eu consigo me perdoar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Começo esse blog resgatando uma postagem que fiz no meu blog anterior  http://www.liliith.blogger.com.br/ em dezembro de 2004:

"Um sentido para a Vida! Esse é o título do meu blog (que está em francês por ser também o título de um livro de Exupéry). Esse título não é a toa... por muito tempo fiquei noiada pensando qual era o sentido da vida, acho que alguns de vocês já devem ter perdido ao menos alguns minutos nessa questão. E realmente ainda não achei a resposta, mas talvez tenha uma sub-resposta...se é que posso chamar assim. Acho que o sentido da vida é viver. (óooooohhhhhhhhhh) Sim, simples assim e ao mesmo tempo complicado, pois a maioria das pessoas apenas sobrevive. [...] Temos que ser livres para vivermos nossas vidas como queremos. Isso é o que realmente significa a palavra Liberdade. E é também um dos sentidos para a vida..."

Continuo ainda hoje com essa opinião, acho que "viver a vida como queremos", não é no sentido de transgredir as leis, mas no sentido de valorizar e buscar o que realmente nos faz feliz, mesmo que esse não seja o caminho mais fácil e nem o mais óbvio, mas aquele que dá sentido à nossa vida.