terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Transição...

Ainda dói e ainda é difícil. A fase de transição e a busca de uma saída mexe em muitas feridas. O medo muitas vezes é uma “auto-proteção” que desenvolvemos no intuito de nos protegermos do que nos aflige. É cômodo. A gente se acostuma a isso e quando queremos superá-lo, precisamos sair da zona de conforto. Estou progredindo com o carro, mas ainda não tenho segurança para sair sozinha, tenho medo de perder o controle e machucar alguém.  Essa transição é dolorida, mas é necessária para que a vida não fique estagnada. Andei refletindo novamente sobre o sentido da vida e pensei sobre o que escrevi no 1º post – Será que as pessoas não se dão conta? Será que elas não percebem que trabalhar até as 18h, chegar em casa e mal ter tempo para nada, e no dia seguinte estar lá às 7h novamente... não se aproveita nada. Eu não acho que o trabalho dignifica o homem, quem inventou o trabalho não tinha o que fazer (heuheueh). Mas talvez eu pense isso pq não estou satisfeita com o meu, quem sabe quando eu trabalhar em algo que goste, mude de idéia. Mas não consigo ver sentido nisso... é a questão de sobreviver e não viver. Pode ser utopia, mas meu ideal é tão diferente do que existe que fico a pensar em como as pessoas conseguem ser felizes nesse tipo de sistema. Não a felicidade nas pequenas coisas (que a gente sempre tem), mas a felicidade de viver a vida em sua plenitude.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coragem...

MEDO - Sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; susto, pavor, temor, terror. (Dicionário Aurélio)

Podemos passar pelos problemas e traumas de diversas formas: algumas pessoas se deprimem, se isolam. Outras tem a síndrome da Polyana: "veja o lado bom!!!"  Outras se tornam agressivas, adquirem vícios, tornam-se amargas. 
Eu tive medo - não um medo qualquer, um medo excessivo. Um medo físico, coração disparado, mãos suando, falta de ar, sensação de insegurança. Isso me prejudicou tanto ao longo de anos, que passei a me acostumar com ele. Medo da violência, medo de perder alguém que amo, medo de morrer, medo de atravessar a rua, medo de viajar, medo de dirigir, medo de multidões...medo de arriscar, medo de inovar. 
O medo paralisa, estagna. Perdi viagens, amizades, festas, oportunidades. E sempre evitava pensar nisso, talvez se não pensasse eu não precisasse lidar com isso... assim é menos difícil. Mas quando algo prejudica tanto sua vida, quando se chega a um limite, ou se sucumbe ou se procura uma saída. Fiquei com a segunda opção. 
O problema é que a atitude certeira sempre está no fururo... "vou resolver isso, vou sim... um dia". Esse ano foi tão diferente, algumas coisas me fizeram mudar. (literalmente) Dia 03 de janeiro desse ano, renovei minha CNH (depois de anos vencida), consegui dirigir. Aos poucos, em lugares calmos.... mas foi tão libertador.  Ainda não gosto de multidões, mas este ano está sendo tão diferente, sinto que vou conseguir!!!

Ps.: A loira da foto sou eu (mudança radical?) Mas ainda to pensando moreno!!! huehue  :)


“A estrutura humana se pauta então nessa contradição constante entre o desejo pela liberdade e o medo dela” – Reich

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

"O que me entristece é que o casal permaneça unido pelo hábito, pela pressão social… Logo que dois seres se sentem ligados não tanto por se amarem, o que era libertação e plenitude transforma-se em angústia e prisão. Sartre e eu nunca vivemos juntos e sempre consideramos ser livres de correntes que nos prendessem um ao outro. Se permanecemos unidos toda a vida, foi porque nos amávamos profundamente e porque, livremente, sempre tivemos vontade de estar um com o outro. E isso é a coisa mais bela que pode acontecer a um ser humano. O amor dá força e coragem para enfrentar o mundo e a vida, a dois e não a um só. É muito!”
(Simone de Beauvoir)