sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Divagações Maternas

Hoje a Mallu faz 4 meses e quando penso no parto parece que aconteceu há muito tempo. Tem sido um período de tanta reflexão, um emaranhado de sentimentos e pensamentos, que ainda não consegui puxar a ponta desse novelo. Penso que existe um luto em toda mãe, existe a mulher que fui e a mulher que sou. A mãe que existe hoje não se conecta mais com a "não mãe" que eu era. Eu não sei se já me despedi totalmente do que eu fui. É muito complexo, é um sentimento irremediável, é como uma fase de transição. E como nova mãe, sinto sobre meus ombros, todo o peso desse processo. Sim, pesa. É estafante esse turbilhão de pensamentos. Existe culpa também, o que gera a culpa é a expectativa dos outros sobre nós, e a expectativa de mim mesma, de que esse tem que ser um período tão sublime (e é de fato), mas apenas de alegria, de entusiasmo, de plenitude da mulher. E de repente me vejo muitas vezes, cansada e introspectiva. E aí vem a culpa. Não é qualquer um que compreende a fragilidade desse momento, talvez quem é mãe, mas nem toda mãe. Não sei se todas passam por esse processo, pode ser que para algumas seja automático, ou que não fiquem refletindo tanto sobre esses sentimentos. Eu sou assim, reflexiva ao extremo. Gostaria de ter um dia pra parar pra pensar, já viram isso? Parar pra pensar? hahaha Tenho tido insônias frequentes por isso, mas como disse, não sei por onde puxar esse fio. Quanto tempo isso dura? Achei que a mãe virasse borboleta no parto, será que ainda estou na fase de crisálida? hahah Talvez essa analogia não sirva pra esse momento. Mas enfim...divagações, divagações...

"Quando se aprende a amar... o mundo passa a ser seu."
 Em contrapartida o meu filhote está fazendo 4 meses, já estou pensando na festa de 1 ano, pode?! hahahah Assim como quando me descobri grávida, passei a noite pensando no chá de bebê, que depois nem fiz! hahaha Aos 4 meses a Mallu é a bebê mais esperta que existe, já está firmando as pernas, fica eufórica quando a seguramos de pé em nosso colo. Sempre acorda de bom humor, já está rolando e firma a cabeça e os ombros quando está de bruços. Já estou pensando em organizar o quarto dela no método montessori, mas é tão bom ficar juntinho dela no quarto, estou adiando este momento da mudança! É bom, pois ainda estou com algumas dúvidas à respeito e aproveito esse tempo pra estudar mais sobre o método. Estudar sobre tudo! Creio que nem nos 4 anos de pedagogia aprendi tanto sobre desenvolvimento infantil, como estou aprendendo agora, e são só 4 meses, 4 meses muito intensos!

domingo, 8 de setembro de 2013

Mallu - 2 meses
A Mallu já completou 2 meses, e estou tão apaixonada por ela, como nunca achei possível que seria! Pequenas coisas, como ela falar "angu", acompanhar uma canção, descobrir a mãozinha, me encantam completamente. Esse mês passei pelo dilema das vacinas, como eu disse no face...  É angustiante perceber o quanto somos manipulados, principalmente quando não estudamos e não pesquisamos sobre tudo! Falar sobre as vacinas obrigatórias em nossos bebês é igual falar de "Deus" - não se pode sequer questionar, mas é só pesquisar pra saber que não tem eficácia comprovada e podem gerar diversos problemas, inclusive a morte! Mas a maioria acha natural que um bebê de dois meses, super saudável, tome 3 injeções com 6 tipos de vírus (parte deles) e tenha as mais diversas reações. Pesquisando, encontrei tantos casos de reações, mas tantos casos que fiquei apavorada com isso. O "senso comum" diz que elas salvam vidas,  e como dizem, "os ignorantes é que são mais felizes", se eu não soubesse de todos os contras, com certeza estaria mais tranquila com a escolha de dar as vacinas. Na verdade não é bem uma escolha, cedemos às pressões e acabamos caindo no sistema. Ela tomou a vacina dos 2 meses, teve hematomas na perna, febre e diarréia, fiquei com uma aperto enorme no coração, e sabendo de tudo, não pude dizer a mim mesma "foi para o bem dela", pois isso é muito questionável. 
Não consigo parar para avaliar o que estão sendo estes dois meses de maternidade, sei que está sendo muito bom, um verdadeiro sonho realizado. E eu, que achava que não tinha nada do meu signo, eis me aqui! Uma autêntica mãe virginiana: pesquisadora, detalhista e analítica, para o bem e para o mal. Apesar dos pesares acho que essa tem sido minha melhor faceta. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Mallu ganhou esse tapete de uma pessoa muito especial. A reação da bebê ao ser colocada sobre o tapete foi a mais feliz possível!



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Bem vindo meu novo ser...

Mamãe-bebê - recém paridas! :)
Renascimento, talvez essa palavra defina todo esse momento que estou vivendo, nasci novamente no parto, que foi doloroso, intenso e absolutamente transformador. Foi o parto que eu precisava ter pra saber o quanto sou forte, o quanto sou capaz e o quanto sou inteira! Sim, por que antes havia um sentimento de incompletude, de insegurança, de incapacidade. Mesmo quase dois meses após o parto, ainda não consegui dimensionar o quanto mudei, algo ficou para trás, morreu naquela sala de parto, mas é preciso abandonar velhos sentimentos, velhas crenças para que novas renasçam. A dor é transformadora e ela trouxe tantas mudanças, não necessariamente positivas, não sou uma nova pessoa, sou a mesma, porém me reconheço mais, sou eu, com minhas qualidades e defeitos, sem tentar impressionar, sem precisar disfarçar, sou eu, completa e inteira. Isso é libertador. Essa dor e todo esse processo trouxe à tona uma nova vida, um novo bebê e uma nova mãe. Está sendo a experiência mais incrível da minha vida!!!

sexta-feira, 22 de março de 2013

A gestação e os clichês...

Iniciei esse blog para tratar de assuntos diversos e agora que estou grávida, é natural que o assunto recorrente seja esse. Penso que futuramente a Mallu possa ler alguns desses textos e saber o quanto foi desejada, planejada e querida desde o início! Até hoje, nesses 7 meses de gestação, tivemos muitos momentos emocionantes, quando planejei a gravidez acho que idealizei demais, achava que seria um momento em que eu sentiria apenas coisas boas, sem resolver nenhum problema cabeludo, que iria ler todos os dias algum livro sobre gestação e preparar detalhadamente todos os mimos que os bebês geralmente ganham ao nascer(como nos comerciais). O que eu não imaginava é que eu teria crises de choro, momentos depressivos, angústia, medo, melancolia. Sim, eu continuo humana e não me culpo por isso. Desde o início eu ouvi que essas emoções passam para o bebê durante a gestação, mas c´est la vie! Nove meses é um tempo muito longo para reprimir emoções, creio que isso é que faria mal. Os hormônios também não ajudam, isso é um fato! Aquela imagem de gestante angelical não me cai bem, fiquei ainda mais prática e muito mais irritada(!). A parte da leitura é um fato, sempre estou lendo, leio e pesquiso muito, troquei de obstetra duas vezes por contestar informações que não concordava. Quanto aos mimos, eu mesma confeccionei alguns, mas nada está pronto ainda! Vejo que a gestação se tornou um nicho muito lucrativo para os comerciantes, onde a família “deve” comprar mil apetrechos, e o maior interessado – o bebê – muitas vezes nem é levado em consideração. Será que os objetos, quartos e a decoração da moda são aqueles que melhor estimulam o desenvolvimento do bebê? A Mallu não terá berço, vou adaptar todo o quarto no método Montessori, mas vou falar sobre isso mais pra frente. É uma nova amplitude de informações que se abrem, nem no curso de pedagogia aprendi tanto sobre desenvolvimento humano, a Mallu ainda nem chegou e já mudou meu mundo!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Mallu – a escolha do nome.


Eu nunca poderia imaginar que uma das coisas mais difíceis durante a gestação seria a escolha do nome do bebê. Se fosse menino já estaria definido, mas para menina tínhamos algumas(muitas) dúvidas. Pensamos em nomes delicados: Heloísa, Cecília, Helena, Carina, Mariana, Beatriz e por último pensei em Júlia. O tempo foi passando e só de pensar nesses nomes eu ficava enjoada (fisicamente mesmo), não conseguia nem pensar, e os apelidos que vinham deles não me agradavam. Um dia vi um nome que achei muito bonito e cheio de significados: Maya. Conversei com o Bruce e ele não aprovou a sugestão, mas me lembrou de um nome que havíamos comentado antes da gravidez: Malu. Sempre achei bonito ver crianças sendo chamadas de Malu, porém não queríamos nomes compostos: Maria Luíza, Maria Lúcia e etc. 


Marisa
Lúcia
Algo que nos fez pensar nesse nome foram as avós Marisa e Lúcia, pensando numa forma carinhosa de homenageá-las fizemos a junção das duas primeiras sílabas de cada nome. Achei o resultado perfeito. Coloquei dois eles por que achei mais bonito e deixou com mais característica de nome e não de apelido. Dizem que cada um de nós possui sangue e características de até 8 gerações. Mallu vem de uma linhagem de mulheres fortes, que apesar das dificuldades de seu tempo, sempre arrumaram uma forma de trabalhar e ajudar na renda da família. Mallu é filha de costureiras, parteiras, professoras, curandeiras, artesãs, mulheres que tem uma mão espetacular para a cozinha e para as plantas, que conhecem o poder das ervas  e dos elementais. Ela é filha de alemães que vieram ao Brasil trabalhar nas plantações de algodão, de italianos que trabalharam no café e de  um bisavô que veio fugido de Portugal para trabalhar como caixeiro viajante. Ela é filha de negros e de índios, holandeses e poloneses que vieram do Sul e do Nordeste buscar melhores oportunidades no interior de São Paulo. Corre em seu sangue também lembranças da Segunda Guerra, de Lampião, dos tempos de Ditadura e da abertura de estradas no interior do Brasil.

 Mallu – um pedacinho de cada linhagem, que traga em seu coração a força, a honestidade e alegria que são tão características em nossa família. Mallu, se eu conseguir me tornar para você ao menos metade da mãe que suas avós são, se eu conseguir repassar as lições de bondade e alegria da Vó Lúcia e de força e determinação da Vó Marisa, filha, meu coração ficará em paz. – No Havaí Malu não é apelido, é um nome que significa: “proteção, aconchego e paz”, que assim seja!

sábado, 12 de janeiro de 2013

É uma menina!!!


Durante toda a gestação (até pouco tempo atrás) eu não estava ansiosa e nem tinha palpite quanto ao sexo do bebê. Foi uma gestação tão esperada e tão planejada que aquela frase: “O que vier ta bom, que venha com saúde”, não foi mero clichê.  O tempo foi passando e pensando nas coisas do bebê sempre me vinha a cor azul marinho, fiquei apaixonada por esta cor na gestação, logo pensei que poderia ser um sinal de menino chegando!!! Hahaah Eu não estava ansiosa para saber o sexo, tem pessoas que fazem exame de sangue nas primeiras semanas, fazem mil simpatias, mas eu estava muito tranqüila. Na semana em que marcamos a ultra para descobrir o que viria, bateu a ansiedade! Fiquei 3 noites sem dormir e no pouco que dormi sonhava com uma menina. Marquei a ultra para um sábado para que a Gica (tia babona) pudesse vir de Coxim e participar desse momento. Entramos na sala do exame, eu, Gica e Bruce, que sentaram num cantinho ansiosos. Quando a ultra começou, fiquei tão feliz de ver o bebê que tinha até esquecido do motivo principal do exame: descobrir o sexo! Hauhauhaua  Ouvimos o coraçãozinho novamente e foi aquela emoção. O bebê estava com as duas mãozinhas próximas ao rosto e quando o médico virou o aparelho pra descobrir o que era, ela baixou uma das mãozinhas e se tapou!!! Hahaha Mas pulava tanto que o médico conseguiu ver. “Quem é que se cobre?” Ele perguntou, para em seguida completar: “É uma menina!!!!!!!!” Nesse momento eu já estava de perna bamba, o pai emocionado e a tia já estava soluçando, não sabia se ria ou se chorava, foi um momento incrível! Vou ser mãe de uma menininha, a primeira menina da terceira geração das famílias Bertolazo/Brum. Na saída já ligamos para a Vó Marisa e foi outro chororô! Agora já é mais fácil imaginar o quartinho, detalhes do enxoval, nomes... e que venham outras emoções!