quarta-feira, 12 de outubro de 2011


Talvez eu ainda tenha uma visão romântica do que é "seguir pelo caminho que te faça feliz", muitas vezes não se sabe qual é este caminho e qual a melhor escolha a se fazer. Sinto-me num momento crucial, tipo "efeito borboleta", o qual mudará todo o seu futuro.  Quando não se sabe que caminho seguir, não se pode ajustar as velas, é complicado ficar à deriva... O mais difícil é saber que muitas vezes os caminhos que escolhemos não tem volta, optamos por algo e arcamos com tudo o que aquilo possa proporcionar - felicidade, tristeza, arrependimento... E temos a triste ilusão de que algo poderá escolher por nós, acontecerá alguma coisa que irá lhe despertar os sentidos e orientar em suas decisões, algo ou alguém escolherá por você.  E quando não se acredita em Deus? Seria fácil dizer "deixe nas mãos Dele", mas eu não tenho essa opção, não posso fingir ser uma marionete nas mãos do criador, pelo contrário, todo o peso do que penso e das minhas escolhas caem sobre mim. Não tenho uma bóia salva-vidas. Isso não é um lamento, é apenas uma constatação.  Lembro que me senti assim antes do vestibular, eu recebi o convite de uma amiga, na verdade, fizemos um acordo, se nenhuma das duas passasse no vestibular, iríamos morar em Las Vegas com a irmã dela que já tinha uma vida estável lá, eu já havia até falado com meu pai, estava tudo certo. Mas felizmente (ou infelizmente?) eu passei pra pedagogia e ela pra enfermagem. Hoje penso que foi um daqueles momentos determinantes, em que tudo mudaria. Mas de certa forma, aquele momento não dependeu de decisões e sim de fatos. Não existe "e se", existe o que aconteceu, certas coisas não mudam, não voltam. Como é difícil se sentir responsável pelas nossas escolhas, nossos erros ou acertos. Esse final de ano está sendo tenebroso.

Um comentário:

Evelise Couto disse...

li uma vez que E e SE são duas palavras inofensivas, mas que nunca podem andar juntas.

adorei o texto!