segunda-feira, 19 de novembro de 2012


Ouvimos o coração bater com 6 semanas e 2 dias! Foi tanta ansiedade!! Na ultra vi um pontinho piscando e quando a médica focalizou, pudemos ouvir o som!! Tão forte, tão alto! Achei até que era o meu coração! Mas era o coraçãozinho do bebê! Minhas pernas ficaram bambas, como esse milagre estava acontecendo dentro de mim! Tão lindo, tão perfeito! O Bruce ficou muito emocionado, segurando as lágrimas, quando perguntei o que ele sentiu, disse algo muito bonito: “Senti tanta felicidade que parecia ter um sol brilhando dentro de mim.”  E ligou para todo mundo contando a alegria que estava sentindo! Esses momentos estão sendo inesquecíveis!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

No dia do Beta positivo!!!

Faz uma semana que descobri a gravidez, ainda faltava um dia para atrasar e eu sentia muita cólica, achei que ia descer. A ansiedade era grande e pedi ao Bruce para comprar um teste de farmácia. Acordei de madrugada para fazer o teste e quando coloquei a tirinha no copinho apareceu o que eu mais temia: uma linha única. Durante esses dois anos e meio de tentativas acho que isso era algo que mais me irritava, a frustração de ver essa única linha. Coloquei o teste no armário e voltei a dormir, bem chateada, pois no meu "Phd em medicina" ( expedido pelo Google), eu sabia que um teste já detectaria uma possível gravidez. Nem consegui mais dormir, rolei de um lado pro outro na cama, até que 5h30 decidi levantar. Abri o armário para pegar meu uniforme e na prateleira de cima peguei o teste novamente. Foi quando eu vi de relance uma sombra de segunda linha. Minhas pernas ficaram bambas. Nesse mesmo momento comecei a Gritar: -  Amor, amor!!!! Uma sombra!!! Eu to vendo uma sombra!!! - E o Bruce acordou sonolento todo assustado, achando que eu tinha visto algum vulto no quarto!!!  Ele, após ler toda a bula do teste, também ficou esperançoso de que aquela sombra quase apagada fosse o nosso positivo. No mesmo dia fiz o Beta hcg quantitativo. O enfermeiro não ajudou, disse que quando aparecia uma listra muito fraca o resultado era “indeterminado”... Só na cabeça dele mesmo, por que eu estava esperançosa. Naquele mesmo dia fiquei a tarde toda na internet esperando o resultado sair, só atualizando a página, mas não saiu. Dormi angustiada, já pensando em nomes de bebê, na decoração do quarto e no chá de fraldas, isso tudo e ao mesmo tempo me culpando por ser tão ansiosa e com medo de fazer tantos planos e depois receber um negativo. No outro dia não fiquei no meu setor, participei de uma banca e não tinha acesso a computador. Consegui acessar só próximo de 12h30. No meu setor haviam mais 3 pessoas, abri a tela da internet bem pequena e disfarçadamente digitei o protocolo e a senha. Foi quando tive que conter a emoção: Resultado do exame: 83,9. A vontade era de gritar, mas até as lágrimas contive, queria contar primeiro ao Bruce, o que pude fazer momentos depois no carro. Estávamos lá, nós dois, ainda sem acreditar na felicidade que havíamos recebido.

segunda-feira, 19 de março de 2012

E o mês de fevereiro se foi, como uma montanha russa que tem mais partes baixas que altas. Março está tão cansativo que mal tenho tempo de pensar em como estou me sentindo... poesia só pra não passar o mês em branco... as vezes só o Gregório me entende...

Inconstância das coisas do mundo!

Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se a tristeza,
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na inconstância.

Gregório de Matos

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Transição...

Ainda dói e ainda é difícil. A fase de transição e a busca de uma saída mexe em muitas feridas. O medo muitas vezes é uma “auto-proteção” que desenvolvemos no intuito de nos protegermos do que nos aflige. É cômodo. A gente se acostuma a isso e quando queremos superá-lo, precisamos sair da zona de conforto. Estou progredindo com o carro, mas ainda não tenho segurança para sair sozinha, tenho medo de perder o controle e machucar alguém.  Essa transição é dolorida, mas é necessária para que a vida não fique estagnada. Andei refletindo novamente sobre o sentido da vida e pensei sobre o que escrevi no 1º post – Será que as pessoas não se dão conta? Será que elas não percebem que trabalhar até as 18h, chegar em casa e mal ter tempo para nada, e no dia seguinte estar lá às 7h novamente... não se aproveita nada. Eu não acho que o trabalho dignifica o homem, quem inventou o trabalho não tinha o que fazer (heuheueh). Mas talvez eu pense isso pq não estou satisfeita com o meu, quem sabe quando eu trabalhar em algo que goste, mude de idéia. Mas não consigo ver sentido nisso... é a questão de sobreviver e não viver. Pode ser utopia, mas meu ideal é tão diferente do que existe que fico a pensar em como as pessoas conseguem ser felizes nesse tipo de sistema. Não a felicidade nas pequenas coisas (que a gente sempre tem), mas a felicidade de viver a vida em sua plenitude.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coragem...

MEDO - Sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; susto, pavor, temor, terror. (Dicionário Aurélio)

Podemos passar pelos problemas e traumas de diversas formas: algumas pessoas se deprimem, se isolam. Outras tem a síndrome da Polyana: "veja o lado bom!!!"  Outras se tornam agressivas, adquirem vícios, tornam-se amargas. 
Eu tive medo - não um medo qualquer, um medo excessivo. Um medo físico, coração disparado, mãos suando, falta de ar, sensação de insegurança. Isso me prejudicou tanto ao longo de anos, que passei a me acostumar com ele. Medo da violência, medo de perder alguém que amo, medo de morrer, medo de atravessar a rua, medo de viajar, medo de dirigir, medo de multidões...medo de arriscar, medo de inovar. 
O medo paralisa, estagna. Perdi viagens, amizades, festas, oportunidades. E sempre evitava pensar nisso, talvez se não pensasse eu não precisasse lidar com isso... assim é menos difícil. Mas quando algo prejudica tanto sua vida, quando se chega a um limite, ou se sucumbe ou se procura uma saída. Fiquei com a segunda opção. 
O problema é que a atitude certeira sempre está no fururo... "vou resolver isso, vou sim... um dia". Esse ano foi tão diferente, algumas coisas me fizeram mudar. (literalmente) Dia 03 de janeiro desse ano, renovei minha CNH (depois de anos vencida), consegui dirigir. Aos poucos, em lugares calmos.... mas foi tão libertador.  Ainda não gosto de multidões, mas este ano está sendo tão diferente, sinto que vou conseguir!!!

Ps.: A loira da foto sou eu (mudança radical?) Mas ainda to pensando moreno!!! huehue  :)


“A estrutura humana se pauta então nessa contradição constante entre o desejo pela liberdade e o medo dela” – Reich

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

"O que me entristece é que o casal permaneça unido pelo hábito, pela pressão social… Logo que dois seres se sentem ligados não tanto por se amarem, o que era libertação e plenitude transforma-se em angústia e prisão. Sartre e eu nunca vivemos juntos e sempre consideramos ser livres de correntes que nos prendessem um ao outro. Se permanecemos unidos toda a vida, foi porque nos amávamos profundamente e porque, livremente, sempre tivemos vontade de estar um com o outro. E isso é a coisa mais bela que pode acontecer a um ser humano. O amor dá força e coragem para enfrentar o mundo e a vida, a dois e não a um só. É muito!”
(Simone de Beauvoir)